O tannat é o vinho com maior tradição no Uruguai, mas nem sempre foi um vinho fácil. Originária do sudoeste da França, onde se faz com ela um vinho de classe que pede anos de garrafa para melhorar seu corpo, a Tannat (Vitis vinifera) foi levada para o Uruguai em meados do século XIX. O trabalho de se estabelecer seu cultivo no país começou por volta de 1860. Em 1874, se obteve resultados positivos. Nascia o vinho escuro, rústico, excessivamente tânico - daí o nome tannat. Hoje, com modernas técnicas, tem-se um produto mais acessível, aromático, cheio de cor e com taninos maduros. Por muito tempo a produção abasteceu apenas o mercado interno, já que não gozava de muito prestígio pela qualidade. Mas a qualidade evoluiu e ele passou a ser vendido para outros países, em especial Brasil, embora também se produza tannat no Rio Grande do Sul. É um vinho com concentração de cor, sabor e, se não maturado em barris de carvalho, muito adstringente. Perfeito para acompanhar pratos untuosos de sabor forte, como carnes parrilladas, cassoulet, feijoada e barreado. Na culinária, pode ser usado em pratos de carne gordurosa, marinadas para assados e caldas para doces.
Saúde
É bom para
Ser bebido diariamente por pessoas sadias em pequenas doses, porque, pela ação de antioxidantes como resveratrol e antocianinas, ajuda a prevenir os males cardíacos e outros.
É ruim para
Consumir em excesso; álcool em demasia prejudica fígado, pâncreas, cérebro e interfere na absorção de folacina e de vitamina B12 e B1, cuja carência dá fraqueza muscular
Como se Escolhe
Bons vinhos uruguaios podem ser adquiridos nas melhores distribuidoras e importadoras. Mas existem bons tannats também nacionais. Verifique se as garrafas são acondicionadas em local fresco. Evite comprar se estiverem expostas nas vitrinas em contato com luz direta ou trepidações, pois modificam as características do vinho. O rótulo deve ter o nome da uva, a graduação alcoólica
e informações como produtor, engarrafador e endereço para contato. Em casa, guarde-o em local escuro, com temperaturas de 8 a 18 graus, ventilado e sem vibrações. A garrafa deve ficar deitada para que a rolha, em contato com o vinho, não permita a entrada de ar.
Como se prepara
Na cozinha, pode-se usar vinho aberto na hora ou sobras guardadas em garrafa bem tampada, em local frio, por até três dias ou um pouco mais, caso ele vá sofrer cocção longa. Depois disso, podem estar oxidados. Mas há vinhos que fogem à regra. Depende, entre outras características, do grau alcoólico: quanto maior, menos perecível. Uma opção é provar antes de usar. Se estiver muito ácido, use em marinadas para carnes bovinas ou ovinas, com temperos como pimenta, sal, aipo, louro, alho-poró e cenoura. Deixe a carne no tempero, na geladeira, por algumas horas. Não abuse de temperos fortes, porque se sobrepõem ao aroma do vinho.
Minha Receita
Sirva este scone de ervas com a receita Gourmet, também minha, que está na página seguinte. Misture 250 g de farinha de trigo, 2 col. (sopa) de fermente em pó, 60 g de manteiga, 1 pitada de sal, 1 col. (sopa) de folhas de alecrim bem lavadas e secas, tomilho e salsinha picados. Incorpore 115 ml de leite e algumas gotas de suco de limão. Amasse bem. Abra a massa com 1,5 centímetro de espessura. Corte com um aro de 5 centímetros de diâmetro. Pincele com 1 ovo batido. Asse em forno preaquecido a 200 graus por cerca de 12 minutos.
Ficha técnica
100 ml de vinho tannat contêm:
Calorias - 72
Proteínas - 0,194 g
Carboid. - 1,74 g
Vit. B1 - 0,005 mg
Vit. B2 - 0,027 mg
Vit. B6 - 0,033 mg
Vit. B12 - 0,013 mcg
Folacina - 2,03 mcg
Niacina - 0,080 mg
Ác. pant. - 0,034 mg
Cálcio - 7,79 mg
Cobre - 0,020 mg
Ferro - 0,43 mg
Magnésio - 12,6 mg
Fósforo - 13,5 mg
Potássio - 111 mg
Sódio - 5,93 mg
Zinco - 0,90 mg
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