Azeites de oliva de boa qualidade contêm um agente químico natural que age de maneira semelhante a um remédio para a dor, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature.
Segundo o estudo, feito pelo Monell Chemical Senses Centre, da Filadélfia, 50 gramas de azeite de oliva extra-virgem são equivalentes a um décimo de uma dose do analgésico ibubrofen.
De acordo com os pesquisadores, um ingrediente do azeite age como antiinflamatório.
Apesar de o efeito não ser forte o suficiente para curar dores de cabeça, ele pode explicar os benefícios da dieta mediterrânea, segundo o estudo.
O ingrediente ativo – encontrado em maiores concentrações em azeitonas mais frescas – é chamado oleocanthal e inibe a atividade de enzimas envolvidas em inflamações da mesma maneira que outros antiinflamatórios.
Doenças
As inflamações são ligadas a uma grande variedade de condições como doenças cardíacas e câncer.
“A dieta mediterrânea, da qual o azeite de oliva é um componente central, tem sido associada há muito tempo com vários benefícios de saúde, incluindo um menor risco de derrame, de doenças cardíacas, de câncer de mama e de pulmão e de alguns tipos de demência”, diz Paul Breslin, co-autor do estudo.
“Benefícios semelhantes são associados com certas drogas antiinflamatórias não-esteróides, como aspirina e ibuprofen”, diz Breslin.
“Agora que conhecemos as propriedades antiinflamatórias do oleocanthal, parece plausível que ele tenha um papel importante nos benefícios de saúde associados com as dietas nas quais o azeite de oliva é a principal fonte de gordura.”
A equipe iniciou o estudo após um dos pesquisadores ter notado que azeite de oliva extra-virgem fresco irrita o fundo da garganta da mesma forma como o ibuprofen.
“O azeite de oliva contém uma série de compostos bio-ativos, mas não sabemos exatamente o que eles fazem”, diz a cientista em nutrição Claire Williamson, da British Nutrition Foundation.
“Acreditamos que ele tenha propriedades antioxidantes, mas dizer que age como um remédio é dar um passo além e deve ser mais estudado”, diz ela, acrescentando que o azeite é rico em gordura e deve ser consumido com moderação.
Fonte BBC Brasil
Quem sofre de enxaqueca deve ficar longe de gorduras. Certo? Em parte: deve ficar longe de óleos vegetais comuns sim, deve ficar longe de frituras à base desses ólos sim, mas deve, sem dúvida, consumir outras, como por exemplo a manteiga. Por incrível que pareça, a gordura é muito importante para o funcionamento do organismo.
Sempre aconselho meus pacientes a cozinharem seus alimentos com manteiga, e consumirem o azeite de oliva extra virgem com moderação, para dar aroma aos alimentos após terem saído do fogo. Ou para as saladas!
O azeite extravirgem tem propriedades antinflamatórias, mas por favor, não abuse da quantidade, nem submeta a temperaturas muito altas, pois ele pode se oxidar e passar a fazer mal. O azeite extravirgem Possui aroma delicioso de oliva. Procure desenvolver seu paladar com o objetivo de apreciá-lo. Hoje em dia, existem muitas marcas disponíveis no mercado.
O problema dos outros óleos vegetais comuns é a maneira com que são obtidos. Para extrair o óleo de uma azeitona (oliva), basta espremê-la com as próprias mãos. Faça isso agora mesmo, e veja como suas mãos ficam impregnadas do óleo. O termo extra virgem se dá ao óleo que foi obtido através de uma pressão muito suave, a frio. Após a obtenção deste líquido nobre, impõe-se às azeitonas uma segunda prensa, bem mais forte, mediante temperaturas mais elevadas, a fim de extrair todo o óleo possível. Esse óleo já não é mais extra virgem.
Óleos são líquidos muito especiais e delicados. Nosso organismo, nossas células, são lubrificadas com óleos provenientes da nossa alimentação, e seu excelente funcionamento depende da qualidade desses óleos. Ao submeter um determinado óleo a uma pressão e/ou temperatura muito alta, este líquido sofre alterações químicas que resultam na perda das propriedades e poderes benéficos. Pior: ao se incorporarem nas paredes das nossas células, esses óleos alterados resultarão em células alteradas. E hormônios idem, pois os óleos também entram na sua composição.
Com células e hormônios alterados, o mínimo que você pode esperar é uma dor de cabeça!
Agora que você viu como é fácil extrair óleo de uma oliva, tente fazer o mesmo com um milho ou uma soja. Aperte bastante, com toda força, e veja se sai algum óleo! Não sai! Para extraí-lo, é preciso submeter o produto a uma temperatura e pressão muito altas. O resultado são óleos quimicamente alterados, os assim chamados óleos vegetais comuns, que você incorpora dia após dia no seu organismo, conforme utiliza. Esses óleos passam por processos de remoção de clorofila, cálcio, carboidratos complexos, magnésio, além de processos de remoção de ácidos graxos livres, branqueamento (remoção do beta-caroteno e da clorofila), remoção dos odores (perde-se a vitamina E e adicionam-se agentes sintéticos).
A margarina e as gorduras vegetais hidrogenadas também são óleos vegetais alterados. Passam por um processo denominado hidrogenação, no qual um óleo vegetal, líquido, se transforma numa massa sólida ou semisólida, totalmente antinatural. Fuja dessas substâncias e ganhará saúde.
Os azeites de oliva extra virgens bons são importados de países mediterrâneos (Grécia, Itália, Espanha, França etc). São bem mais caros que o óleo de cozinha comum. Mas este faz mal, e aquele faz bem. Se você ainda acha o azeite de oliva extra virgem caro, saiba que remédios e doenças são mais caros ainda. E lembre-se: A primeira coisa que eu falei foi: use-o, sempre, em pequenas quantidades. Cozinhe com o melhor óleo, mas com pouco óleo.
Guarde seu azeite em lugar fresco (geladeira) e ao abrigo da luz (envolto em papel de alumínio), caso contrário ele vai oxidando, perdendo a propiedade medicinal, antinflamatória, e adquirindo uma ação pró-inflamatória, igual à dos óleos "proibidos" da dieta. Um óleo oxidado vai adquirindo um cheiro característico (rançoso), e cria reações de oxidação no organismo. Pense numa maçã que foi cortada e deixada exposta ao ar por vários minutos. A coloração amarronzada que ela adquire é proveniente da reação de oxidação que ela sofreu. Esse tipo de reação, no ser humano, é um dos desencadeantes e mantenedores de doenças crônicas e do envelhecimento.
Quanto mais novo o azeite, melhor, pois sofreu menos tempo de exposição à luz e ao calor, portanto menos oxidação. Observe atentamente os rótulos, e compre azeites com data de fabricação o quanto mais recente, e prazo de validade o quanto mais distante. Não consuma óleo de canola regularmente, pois ele pode conter substâncias que neutralizam os benefícios.
Lembre-se sempre, que ao manipular estas substâncias, no caso estes óleos, tão influentes na saúde como um todo, é preciso também que a quantidade seja modesta. Apesar da sua importância, mais não é sinônimo de melhor!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Linhaça
A propriedade de reguladora intestinal da linhaça é notória. Só que sua ação laxante é um dos benefícios menos importantes. Além das fibras, a pequena semente é riquíssima em ômegas 3 e 6, vitaminas, minerais e proteínas. Ajuda, ainda, no rejuvenescimento celular e na prevenção de doenças cardiovasculares. É também fonte poderosa de fitoestrógeno, que, segundo estudos, protege contra o câncer de mama.
Porém, pouco adiantará se seu uso não for adequado. "A semente não deve ser consumida inteira, mas sim triturada levemente no liquidificador", explica a nutricionista funcional Fernanda Granja. "Como não conseguimos triturá-la na mastigação, ela entra e sai do intestino intacta, pois sua casca é resistente à ação do suco gástrico", acrescenta ela, justificando por que é necessário levá-la ao liquidificador.Se a casquinha da linhaça não for quebrada, os nutrientes permanecerão no miolo da semente, não sendo absorvidos pelo organismo. Além disso, se a "farinha" obtida no liquidificador não for armazenada corretamente, perderá seus poderes, pois acaba oxidando. Portanto, deve ser guardada em um recipiente, de preferência de vidro e opaco, para protegê-la da incidência de luz – principal responsável pela oxidação. Depois, deve ser guardada na geladeira por, no máximo, três dias. Na falta de um recipiente opaco, vale embrulhar o vidro em papel alumínio."Embora seja vendida farinha de linhaça pronta, sempre aconselho que se faça em casa, para que seus benefícios permaneçam potencializados", avisa Fernanda, que orienta gratuitamente os clientes. A quantidade diária recomendada são três colheres de sopa, distribuídas entre as refeições – café da manhã, almoço e jantar.
No café da manhã, pode ser acrescentada à vitamina, suco, achocolatado, iogurte. No almoço ou jantar, pode ser misturada a saladas, feijão, arroz, molhos, sopas, omelete, massa do pão, bolo, enfim, o que quiser. Como o seu gosto lembra o de uma castanha, não vai modificar radicalmente o sabor dos pratos.Outra forma de consumir a linhaça e potencializar sua ação funcional é germinar ou hidratar as sementes com água, na seguinte proporção: para cada colher de sopa de linhaça, acrescente dois dedos de água e deixe de molho por, no mínimo, quatro horas – ou no intervalo entre o sono da noite e a manhã do dia seguinte. Após esse tempo de molho, a água adquire consistência de gel, e ativa outra importante substância, a lignana, rica fonte de fitoestrógeno, que auxilia no combate aos sintomas da TPM, menopausa, osteoporose e câncer de mama.
Há outras formas de consumo da linhaça, como por cápsulas, mas só sob prescrição médica. Para comprovar sua autenticidade, a embalagem deve ter registro do Ministério da Saúde. Há, ainda, o óleo de linhaça, cujo inconveniente é o sabor acentuado de peixe, resultado da alta concentração de ômegas 3 e 6 – ácidos graxos que combatem o envelhecimento celular e problemas cardiovasculares. No entanto, a maneira que promete mais benefícios é mesmo in natura.
Na Gastronomia
O chef Renato Caleffi, do restaurante especializado em comida orgânica, Le Manjue Bistrô, ensina a temperar o óleo com ervas aromáticas, como alecrim e tomilho. Assim, fica mais fácil de utilizá-lo no dia-a-dia, para temperar saladas ou finalizar pratos, tal como o azeite extravirgem. Caleffi, aliás, prepara muitos dos pratos de seu cardápio com linhaça (veja receitas a seguir), sem que a sua clientela perceba a diferença. "É bom para provar que comida nutritiva não é ruim", diz o chef.
A nutróloga Samantha Christie Enande ressalta que a linhaça também está associada à redução de peso. Um dos motivos seria sua capacidade de diminuir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL), graças às fibras solúveis da pequena sementinha, que são absorvidas pelo organismo. De quebra, ajuda a controlar a glicemia, diminuindo o risco de diabetes.
Não é só isso. As proteínas encontradas na linhaça, tais como glutamina, arginina e histidina, fortalecem o sistema imunológico. "Os resultados positivos surgem a longo prazo, se seu consumo for diário", avisa Samantha.
Porém, pouco adiantará se seu uso não for adequado. "A semente não deve ser consumida inteira, mas sim triturada levemente no liquidificador", explica a nutricionista funcional Fernanda Granja. "Como não conseguimos triturá-la na mastigação, ela entra e sai do intestino intacta, pois sua casca é resistente à ação do suco gástrico", acrescenta ela, justificando por que é necessário levá-la ao liquidificador.Se a casquinha da linhaça não for quebrada, os nutrientes permanecerão no miolo da semente, não sendo absorvidos pelo organismo. Além disso, se a "farinha" obtida no liquidificador não for armazenada corretamente, perderá seus poderes, pois acaba oxidando. Portanto, deve ser guardada em um recipiente, de preferência de vidro e opaco, para protegê-la da incidência de luz – principal responsável pela oxidação. Depois, deve ser guardada na geladeira por, no máximo, três dias. Na falta de um recipiente opaco, vale embrulhar o vidro em papel alumínio."Embora seja vendida farinha de linhaça pronta, sempre aconselho que se faça em casa, para que seus benefícios permaneçam potencializados", avisa Fernanda, que orienta gratuitamente os clientes. A quantidade diária recomendada são três colheres de sopa, distribuídas entre as refeições – café da manhã, almoço e jantar.
No café da manhã, pode ser acrescentada à vitamina, suco, achocolatado, iogurte. No almoço ou jantar, pode ser misturada a saladas, feijão, arroz, molhos, sopas, omelete, massa do pão, bolo, enfim, o que quiser. Como o seu gosto lembra o de uma castanha, não vai modificar radicalmente o sabor dos pratos.Outra forma de consumir a linhaça e potencializar sua ação funcional é germinar ou hidratar as sementes com água, na seguinte proporção: para cada colher de sopa de linhaça, acrescente dois dedos de água e deixe de molho por, no mínimo, quatro horas – ou no intervalo entre o sono da noite e a manhã do dia seguinte. Após esse tempo de molho, a água adquire consistência de gel, e ativa outra importante substância, a lignana, rica fonte de fitoestrógeno, que auxilia no combate aos sintomas da TPM, menopausa, osteoporose e câncer de mama.
Há outras formas de consumo da linhaça, como por cápsulas, mas só sob prescrição médica. Para comprovar sua autenticidade, a embalagem deve ter registro do Ministério da Saúde. Há, ainda, o óleo de linhaça, cujo inconveniente é o sabor acentuado de peixe, resultado da alta concentração de ômegas 3 e 6 – ácidos graxos que combatem o envelhecimento celular e problemas cardiovasculares. No entanto, a maneira que promete mais benefícios é mesmo in natura.
Na Gastronomia
O chef Renato Caleffi, do restaurante especializado em comida orgânica, Le Manjue Bistrô, ensina a temperar o óleo com ervas aromáticas, como alecrim e tomilho. Assim, fica mais fácil de utilizá-lo no dia-a-dia, para temperar saladas ou finalizar pratos, tal como o azeite extravirgem. Caleffi, aliás, prepara muitos dos pratos de seu cardápio com linhaça (veja receitas a seguir), sem que a sua clientela perceba a diferença. "É bom para provar que comida nutritiva não é ruim", diz o chef.
A nutróloga Samantha Christie Enande ressalta que a linhaça também está associada à redução de peso. Um dos motivos seria sua capacidade de diminuir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL), graças às fibras solúveis da pequena sementinha, que são absorvidas pelo organismo. De quebra, ajuda a controlar a glicemia, diminuindo o risco de diabetes.
Não é só isso. As proteínas encontradas na linhaça, tais como glutamina, arginina e histidina, fortalecem o sistema imunológico. "Os resultados positivos surgem a longo prazo, se seu consumo for diário", avisa Samantha.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Macarrão instantâneo tem cinco vezes mais gordura do que o tradicional
Associação Brasileira de Defesa do Consumidor constatou que as quantidades de sódio e gordura estão acima do recomendado
Pronto em apenas três minutos, o macarrão instantâneo é conhecido pela população como prático e ideal para quem não gosta, ou não sabe, cozinhar. Entretanto, o conjunto de macarrão e tempero pronto pode ser uma perigosa combinação para a saúde.
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) testou dez marcas do produto e constatou que as quantidades de sódio e gordura estão acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por outras sociedades médicas.
"Alguns produtos têm cerca de cinco vezes mais gordura do que o macarrão tradicional", atesta a coordenadora institucional da Pro Teste, Maria Inês Dolci. Segundo a coordenadora, estes altos índices são consequência da fritura que o macarrão instantâneo é submetido para que possa ser cozido rapidamente depois. "Os valores de gordura e de sódio estão diferentes do informado no rótulo", explicou.
A pesquisa mostrou que alguns produtos contêm mais do que o dobro da quantidade de sódio recomendada para um adulto, o que de acordo com o cardiologista do Instituto do Coração (Incor) Paulo Camargo, pode acarretar vários riscos saúde. "Pessoas com colesterol alto, hipertensão e crianças devem evitar ao máximo. Em geral, todo mundo deve evitar comer, porque não é um alimento saudável".
O especialista explicou que o alto teor de sódio pode fazer com que a pressão arterial aumente, além de reter líquido e proporcionar problemas cardíacos. Segundo ele, as sociedades médicas e a OMS indicam que o consumo diário de um adulto não deve ultrapassar 2 gramas de sódio.
Mas o que fazer quando a fome é muita e o tempo é curto? A nutricionista Cristina Menna Barreto recomenda que se cozinhe mais macarrão tradicional e armazene.
"Sem o molho, em um pote bem fechado, o macarrão de grano duro dura de três a quatro dias na geladeira", explicou. De acordo com a Pro Teste, o macarrão tradicional também é mais econômico: 80 gramas custa R$ 0,30, enquanto o preço de um pacote de macarrão instantâneo com o mesmo peso custa entre R$ 0,48 e R$ 0,83 (os valores foram calculados com base em dados coletados em junho de 2009 em Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo).
Procurada pela Agência Brasil, a Piraquê, uma das marcas que foi testada, afirmou que o total de sódio do macarrão e do tempero é 1,8 gramas. "Nós nos baseamos no índice da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cujo limite aceitável é 2,4 gramas", afirmou o engenheiro de produção da Piraquê, André Luiz Teixeira. À Agência, a Anvisa afirmou que seu limite é mesmo 2,4 gramas, de acordo com as normas técnicas da OMS.
Em nota, a Adria, outra marca testada, afirmou que "as quantidades de sódio e glutamato monossódico seguem o padrão praticado pelo segmento no mercado". Já o Carrefour informou que "irá fazer uma análise da composição nutricional com o objetivo de identificar possíveis melhorias no produto".
O Grupo Pão de Açúcar, responsável pela marca Qualitá, ressaltou que desconhece o laboratório que fez o teste do macarrão e que contesta os resultados. De acordo com o Pão de Açúcar, "o produto em questão não apresenta teor de glutamato monossódico acima do permitido uma vez que não há determinação em relação a quantidade máxima para seu uso. A empresa esclarece que o glutamato monossódico é um aditivo que tem a função de realçar o sabor dos alimentos, sendo seu uso seguro, segundo parecer dos principais órgãos reguladores mundiais, como a OMS, e permitido pela Food and Drug Administration (FDA-EUA) e também no Brasil pela Anvisa."
A Nestlé afirmou que seu macarrão está adequado para consumo e "que em relação ao sódio, desde 2005, a empresa adota medidas para redução desses teores em suas formulações".
Procurada pela Agência, a Nissin, que teve duas marcas de macarrão testadas pela Pro Teste não foi encontrada. Por meio de sua assessoria de imprensa, o grupo Selmi, fabricante do macarrão Renata, explicou que suas quantidades de sódio estão de acordo com a legislação vigente.
Pronto em apenas três minutos, o macarrão instantâneo é conhecido pela população como prático e ideal para quem não gosta, ou não sabe, cozinhar. Entretanto, o conjunto de macarrão e tempero pronto pode ser uma perigosa combinação para a saúde.
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) testou dez marcas do produto e constatou que as quantidades de sódio e gordura estão acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e por outras sociedades médicas.
"Alguns produtos têm cerca de cinco vezes mais gordura do que o macarrão tradicional", atesta a coordenadora institucional da Pro Teste, Maria Inês Dolci. Segundo a coordenadora, estes altos índices são consequência da fritura que o macarrão instantâneo é submetido para que possa ser cozido rapidamente depois. "Os valores de gordura e de sódio estão diferentes do informado no rótulo", explicou.
A pesquisa mostrou que alguns produtos contêm mais do que o dobro da quantidade de sódio recomendada para um adulto, o que de acordo com o cardiologista do Instituto do Coração (Incor) Paulo Camargo, pode acarretar vários riscos saúde. "Pessoas com colesterol alto, hipertensão e crianças devem evitar ao máximo. Em geral, todo mundo deve evitar comer, porque não é um alimento saudável".
O especialista explicou que o alto teor de sódio pode fazer com que a pressão arterial aumente, além de reter líquido e proporcionar problemas cardíacos. Segundo ele, as sociedades médicas e a OMS indicam que o consumo diário de um adulto não deve ultrapassar 2 gramas de sódio.
Mas o que fazer quando a fome é muita e o tempo é curto? A nutricionista Cristina Menna Barreto recomenda que se cozinhe mais macarrão tradicional e armazene.
"Sem o molho, em um pote bem fechado, o macarrão de grano duro dura de três a quatro dias na geladeira", explicou. De acordo com a Pro Teste, o macarrão tradicional também é mais econômico: 80 gramas custa R$ 0,30, enquanto o preço de um pacote de macarrão instantâneo com o mesmo peso custa entre R$ 0,48 e R$ 0,83 (os valores foram calculados com base em dados coletados em junho de 2009 em Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo).
Procurada pela Agência Brasil, a Piraquê, uma das marcas que foi testada, afirmou que o total de sódio do macarrão e do tempero é 1,8 gramas. "Nós nos baseamos no índice da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cujo limite aceitável é 2,4 gramas", afirmou o engenheiro de produção da Piraquê, André Luiz Teixeira. À Agência, a Anvisa afirmou que seu limite é mesmo 2,4 gramas, de acordo com as normas técnicas da OMS.
Em nota, a Adria, outra marca testada, afirmou que "as quantidades de sódio e glutamato monossódico seguem o padrão praticado pelo segmento no mercado". Já o Carrefour informou que "irá fazer uma análise da composição nutricional com o objetivo de identificar possíveis melhorias no produto".
O Grupo Pão de Açúcar, responsável pela marca Qualitá, ressaltou que desconhece o laboratório que fez o teste do macarrão e que contesta os resultados. De acordo com o Pão de Açúcar, "o produto em questão não apresenta teor de glutamato monossódico acima do permitido uma vez que não há determinação em relação a quantidade máxima para seu uso. A empresa esclarece que o glutamato monossódico é um aditivo que tem a função de realçar o sabor dos alimentos, sendo seu uso seguro, segundo parecer dos principais órgãos reguladores mundiais, como a OMS, e permitido pela Food and Drug Administration (FDA-EUA) e também no Brasil pela Anvisa."
A Nestlé afirmou que seu macarrão está adequado para consumo e "que em relação ao sódio, desde 2005, a empresa adota medidas para redução desses teores em suas formulações".
Procurada pela Agência, a Nissin, que teve duas marcas de macarrão testadas pela Pro Teste não foi encontrada. Por meio de sua assessoria de imprensa, o grupo Selmi, fabricante do macarrão Renata, explicou que suas quantidades de sódio estão de acordo com a legislação vigente.
Assinar:
Postagens (Atom)