Estudo americano explica por que a doença contribui para o acúmulo de gordura no abdômen e males cardiovasculares
Dezenas de pesquisas comprovam: a depressão está associada ao risco de problemas cardiovasculares, como derrames e infartos. A doença, aliás, já é considerada pelos médicos um estopim para os males que atacam o peito. E esse elo estaria relacionado aos quilinhos a mais que se instalam na região abdominal.
É o que confirma um trabalho americano que será publicado na edição de maio do periódico Psychosomatic Medicine. Mais do que constatar o vínculo entre o transtorno psicológico e as artérias entupidas, pesquisadores do Centro Médico da Universidade Rush, nos Estados Unidos, tentam explicar o mecanismo por trás dele.
Segundo Lynda Powell, que conduziu a pesquisa, a culpa seria de componentes inflamatórios produzidos pelo organismo dos deprimidos. Essas substâncias facilitam o acúmulo da gordura visceral, aquela que fica impregnada entre os órgãos do abdômen. Além disso, a depressão faz subir os níveis do hormônio cortisol, aumentando as taxas de glicose no sangue. Ou seja: muito mais gordura estocada – e risco cardiovascular nas alturas.
O pior é que quem sofre do transtorno acaba entrando em um labirinto: a depressão favorece a barriga protuberante, que, por sua vez, ajuda a agravar o quadro depressivo, bagunçando o trabalho de neurotransmissores por trás do bem-estar.
O estudo foi realizado com 409 mulheres que participaram do Women in the South Side Health Project (WISH), um trabalho sobre as alterações que ocorrem no organismo feminino durante a menopausa.
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